Segundo Ivan Fernandes, gerente de uma empresa de distribuição de alimentos, com 400 caminhões movidos a diesel o aumento já pode ser sentido nos cofres. “Por mês são consumidos 190 mil litros na empresa, o que totaliza um valor de R$ 28 mil a mais por mês do que pagávamos antes. Por ano vamos gastar mais de R$ 345 mil”, afirma.
O aumento do preço do diesel sai das refinarias, passa pelos postos e vai parar no bolso do consumidor, isso porque o reajuste incide diretamente nos serviços que dependem do combustível, como transportes de passageiros e cargas.
Em uma cooperativa de Teresina, que reúne mais de 80 caminhoneiros, o valor do frete já está mais caro. O quilômetro rodado passou de R$ 1,30 para R$ 1,50. Motorista há dez anos, Otávio Lima, diz que acha o aumento injusto, mas terá que repassar o preço para o contratante do frete. “Eu vejo exagerado, não temos nem como negociar preço de frete. Então, com o reajuste tudo fica mais caro e o consumidor é quem paga o preço”, disse o motorista.
De acordo com Domingos Ribeiro, presidente da Associação dos Caminhoneiros Autônomos, não é só o preço do frete que desequilibra o caminhoneiro. O valor da mão de obra dos veículos também dispara e reduz ainda mais a margem de lucro dos motoristas. “Quando o borracheiro vai trocar um pneu e sabe que o valor do diesel subiu ele também aumenta o preço. Onde pagávamos R$ 8,00 pelo serviço agora vamos ter que desembolsar R$ 10", conta.
Para o economista Pedro Andrade, apesar do reajuste no combustível, a economia brasileira passa por um momento de estabilidade. “Estamos a poucos dias do anúncio do aumento do diesel, mas em compensação houve a exclusão dos impostos nos produtos da cesta básica, então é uma forma de compensação”
Fonte: viagora.com
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